PP
Jovem foi vendida pelo padrasto por cerca de R$ 6 mil a um saudita. Segundo os médicos, a menina morreu com ferimentos internos no útero.
Uma criança de oito anos morreu no último sábado (07/09) no Iêmen após a lua de mel com o marido de 40 anos, informaram nesta segunda-feira (09/09) as agências dpa e AFP. Segundo os médicos, a menina morreu com ferimentos internos no útero.
A jovem, chamada Rawan, foi vendida pelo padrasto para um saudita por cerca de R$ 6 mil, segundo o jornal alemão Der Tagesspiegel. A morte aconteceu na área tribal de Hardh, na fronteira com a Arábia Saudita.
Ativistas de direitos humanos pressionam para que o saudita e a família da menina sejam responsabilizados pela morte.
“Após este caso horrível, repetimos nossa exigência para uma lei que restrinja o casamento para maiores de 18 anos”, afirmou um membro do Centro Iemenita de Direitos Humanos para a dpa.
Há quatro anos, uma lei tentou colocar a idade mínima de 17 anos para o casamento. No entanto, ela foi rejeitada por parlamentares conservadores, que a classificaram de “não islâmica”.
Opera Mundi, com agências
Atualizando
Agência reafirma morte de menina de 8 anos em lua de mel
Apuração da agência de notícias Reuters indica que chefes tribais tentaram esconder a história. Menina casada com homem de 40 anos morreu de hemorragia causada por rompimento uterino
Autoridades do Iêmen negam morte de menina, enquanto veículos de imprensa reafirmam veracidade da história (Imagem – Ilustração)
O caso, que chamou atenção em todo o mundo, teria ocorrido no último sábado (07), mas veio a público na segunda-feira (09), sendo reproduzido por publicações como o jornal espanhol El País, o Daily Mail e o alemão Der Tagersspiegel. A criança, segundo Mohammad Radman, o jornalista que apurou a matéria, sofreu ferimentos internos no útero.
Arwa Othman, ativista pelos direitos humanos no Iêmen, disse à Reuters que a menina, conhecida apenas como Rawan, se casou com um homem de 40 anos na última semana, na cidade de Meedi. Segundo ela, “na noite do casamento e após a relação sexual, a criança teve hemorragia e rompimento uterino, que causaram sua morte. Eles a levaram a uma clínica, mas os médicos não puderam salvá-la”.
Casamentos envolvendo menores de idade são comuns no Iêmen, apesar de protestos de instituições como a ONU e o Human Rights Watch. Em 2010, uma menina de 13 anos também morreu com ferimentos internos após ter sido forçada a se casar, de acordo com uma organização de direitos humanos que atua na região.
Discussões sobre o assunto foram postas de lado pela turbulência política que seguiu os protestos de 2011 contra o presidente Ali Abdullah Saleh e que levaram à sua deposição do governo.
com Opera Mundi
Parabéns pela matéria!
ResponderExcluir