sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Falta estrutura para combater a violência

unisinos

Das 50 cidades que registram as maiores taxas de homicídios de mulheres, segundo o Mapa da Violência, só seis têm casas de abrigo para mulheres vítimas de violência e 11 possuem delegacia da mulher. É o que mostra um cruzamento feito com números do mapa e dados do IBGE.

A reportagem é de Tatiana Farah e publicada pelo jornal O Globo, 11-07-2010.

De acordo com o IBGE, Roraima, Amapá e Distrito Federal não têm abrigos municipais para mulheres e, dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 30 oferecem esse tipo de assistência, a maioria no Sudeste (51). Já as delegacias da mulher funcionam em 397 cidades e os Juizados de Violência Doméstica e Familiar, em 274 municípios.

— Mais que equipamentos, é necessário o treinamento de profissionais, delegados, PMs que fazem o primeiro atendimento às vítimas — diz a pesquisadora Eva Blay, do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero (Nemge), da USP.

— É fundamental que os juízes sejam alertados para as denúncias das mulheres, para agilizarem as ações.

Para Eva, é preciso implantar juizados especializados e criar mais abrigos:

— A mulher pode não querer ir para um abrigo. Pode querer ficar na casa dela, o que é seu direito. Quem tem de sair é o agressor. A Justiça deve ser rápida e lhe dar segurança.

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